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Taxa para entrar na Europa e as expectativas para o iPhone 15

Taxa para entrar na Europa e as expectativas para o iPhone 15

(Tempo de leitura: 6 minutos)

Explorar o continente europeu é um sonho compartilhado por muitos, uma jornada repleta de história, cultura e paisagens fascinantes. Desde a riqueza de opções culturais até as montanhas majestosas, praias deslumbrantes e cidades enigmáticas, viajar pela Europa oferece uma experiência incomparável. No entanto, a realização desse desejo exige uma dose de planejamento e preparação.

A partir de 2024, entrará em vigor o Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagem (ETIAS, na sigla em inglês) para que os viajantes façam um pré-registro das suas visitas. Os cidadãos de cerca de 60 países fora da União Europeia que não precisam de visto para entrar na região, como o Brasil, terão que pagar uma taxa de €7 nas viagens aos países do bloco europeu. Os viajantes precisarão solicitar autorização para entrar na União Europeia antes da viagem através de um processo online.

Como vai funcionar?

Os turistas terão que solicitar a autorização antes da viagem, com um valor de €7 que cobrirá diversas entradas por três anos ou até que o passaporte expire, a depender do que ocorrer primeiro.

A União Europeia aconselha que as solicitações sejam feitas antes da compra das passagens ou reserva dos hotéis, já que “algumas pessoas poderão ser solicitadas a fornecer informação ou documentação adicional, ou a participar numa entrevista com as autoridades nacionais, o que pode demorar até mais 30 dias”, apesar de informar que a grande maioria das candidaturas serão processadas em até 96 horas.

Por fim, o bloco explica que o objetivo com o sistema de autorização é “combater a crise migratória e o terrorismo em seus países-membros”, além de “contribuir para a redução de filas nas fronteiras”.

Para consultar mais detalhes e informações, acesse aqui o site do ETIAS. 

Expectativas para o iPhone 15

No mundo da tecnologia, setembro sempre chega com as expectativas em relação ao evento em que a Apple anuncia suas principais atualizações. Neste ano, a grande espera está quanto ao lançamento do iPhone 15, que deve ser apresentado ao público no dia 12 de setembro, às 14h00. Nomeado como “Wonderlust”, o evento, que também terá as novidades do Apple Watch 9 e da nova versão do Apple Watch Ultra, será disponibilizado no site da empresa, nas redes sociais e na Apple TV+. 

Em meio às inúmeras possibilidades de novidades levantadas, está a troca de nome da versão “Pro Max” para “Ultra”. No fim de 2022, alguns especialistas deram que o nome seria realmente alterado, mas esse rumor perdeu força com o tempo. Agora, mais perto do lançamento, as fontes voltaram a afirmar que o rebrand pode acontecer. Segundo Andrew O’Hara, da AppleInsider, o novo conceito se tornaria uma linha premium que custaria US$200 mais caros do que o parente iPhone 14 Pro Max. Entretanto, pode ser que a empresa adie a mudança e guarde para o lançamento do iPhone 16.

Outra grande mudança está na câmera. O analista Jeff Pu, um dos especialistas no smartphone, disse que a versão mais completa terá a primeira câmera com zoom óptico da Apple, upgrade que colocaria o aparelho no nível de concorrentes que já possuem essa tecnologia.

O também analista especializado na marca, Ming-Chi Kuo, informou outra mudança importante, a implantação da entrada USB-C, extinguindo a entrada Lightning. A medida é uma resposta da marca após a União Europeia decretar o USB-C como o conector-padrão na região.

O lançamento está próximo, resta aguardar o pronunciamento oficial da gigante de tecnologia para ver quais dos rumores realmente se concretizarão.

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Dicionário do mercado financeiro global

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Em um mundo cada vez mais globalizado, os mercados financeiros assumem papel central na economia e no dia a dia das pessoas. Esses mercados são ricos em terminologias, conceitos e jargões que, muitas vezes, podem parecer um idioma à parte para aqueles que não estão intimamente familiarizados com o setor.

Como vocês sabem, o nosso propósito aqui na Portofino Multi Family Office é “proteger e ampliar o patrimônio de pessoas, famílias e empresas de forma sustentável e multigeracional”, apoiando nossos clientes na tomada de decisões e em todos os dilemas enfrentados nos mercados financeiros globais.

Os termos financeiros, quando não compreendidos, podem ser barreiras à participação efetiva dos indivíduos, dificultando decisões informadas e criando obstáculos à educação financeira. Este dicionário busca, portanto, ser mais do que uma mera coletânea de definições; é uma ferramenta para ampliar o entendimento e a acessibilidade ao complexo mundo financeiro.

Nós o convidamos a mergulhar neste universo, a explorar cada termo e a desvendar os mistérios da linguagem do mercado financeiro. Em um mundo em constante mudança, a educação e o entendimento são os faróis que iluminam nosso caminho.

Que este dicionário seja um apoio em sua jornada de descoberta e aprendizado e, ao mesmo tempo, tenha a certeza de que estamos aqui para apoiar e cuidar de tudo que for mais importante para você.

Ativos e termos relacionados

Stock: ação de uma empresa.

Equity: participação acionária de uma empresa.

Small-Cap, Mid-Cap, Large-Cap: as ações são frequentemente categorizadas pelo tamanho da capitalização de mercado da empresa.

Fixed Income: Renda Fixa. Inclui títulos de dívida emitidos por governos e empresas, como títulos do tesouro, títulos corporativos e municipais.

Bond: título de renda fixa de um governo ou empresa.

Treasury Bonds: títulos de dívida emitidos pelo governo federal.

Corporate Bonds: títulos emitidos por empresas privadas ou públicas.

Municipal Bonds: emissões de dívida por governos locais.

Cash and Equivalents: ativos líquidos de baixo risco, como dinheiro em caixa, depósitos bancários e títulos do mercado monetário.

Rating: agências de classificação de risco como Standard & Poor’s, Fitch e Moody’s atribuem notas para a solvência de empresas e países que variam de D (mais arriscado) a AAA (menos arriscado). 

High Grade: empresas com baixa classificação de risco. Em sua maioria AA ou AAA.

Investment Grade: empresas classificadas com “grau de investimento”. Em sua maioria de BBB- a AAA.

High Yield: empresas com classificação média de risco, geralmente entre B- e BB+. Investidor espera retornos mais elevados para esses títulos. 

Fallen Angels: termo utilizado para empresas que eram classificadas como investment grade, mas hoje estão enquadradas no universo de high yields.

Preferreds: títulos de renda fixa com características de renda variável. Eles ocupam uma posição intermediária de subordinação entre as ações ordinárias (common stock) e os títulos de dívida tradicionais (bonds). Equivalentes as Letras Financeiras do Brasil.

Junk Bonds: termo usado no mercado para empresas com alta classificação de risco. Normalmente de CCC+ até D. Risco de inadimplência, porém alta expectativa de retorno.

Real Estate: investimentos em propriedades comerciais, residenciais ou industriais.

REITs (Real Estate Investment Trusts): fundos de investimento que detêm e gerenciam propriedades imobiliárias.

Bridge-Loans: empréstimo-ponte. Frequentemente usados por incorporadoras para financiar início de obras no setor imobiliário.

Commodities: matérias-primas físicas, como ouro, prata, petróleo, gás natural, trigo, milho, soja, etc.

Private Equity: investimentos em empresas não listadas em bolsa (privadas), geralmente através de aquisições diretas ou fundos.

Venture Capital: os fundos de venture capital investem em startups e empresas em estágios iniciais de desenvolvimento, geralmente em setores de alta tecnologia e inovação.

Buyout: os fundos de private equity buyout focam na aquisição de empresas inteiras ou de uma participação majoritária em empresas. Em sua maioria, empresas já estão maduras e os fundos buscam aumentar o valor da empresa por meio de otimização operacional, expansão e outras estratégias. 

Growth Equity: uma empresa “growth” é aquela que prioriza e busca atingir o crescimento exponencial em um curto período.  Os fundos de growth equity investem nessas empresas, que normalmente se encontram em estágios intermediários de desenvolvimento e estão buscando financiamento para expansão. 

Value Equity: a ideia por trás da value equity é encontrar oportunidades de investimento em empresas que, por diversos motivos, estão sendo negociadas a preços mais baixos do que realmente valem. Normalmente já são empresas estabilizadas que geram fluxo de caixa positivo.

Distressed: fundos de private equity distressed se concentram em investir em empresas em situações financeiras difíceis, como falências ou reestruturações. Eles buscam oportunidades para adquirir ativos a preços descontados e, após a reestruturação, procuram obter lucro com a recuperação da empresa.

Special Situations: situações atípicas ou operações não corriqueiras no mercado financeiro. A maioria dos fundos de Special Sits (nome usado pela indústria) focam na recuperação de empresas em dificuldade, com um certo grau de depreciação em seu valor visando altos retornos no longo prazo. 

Secondary: os fundos de private equity secundários compram participações em fundos de private equity existentes de outros investidores, geralmente quando o fundo não está no período de resgate, gerando liquidez para o detentor do ativo.

FoF (Fund of Funds): fundo que investe em outros fundos.

Private Credit: investimentos em dívida ou empréstimos emitidos por empresas que não são negociados em bolsas de valores públicas.

Hedge Fund: um fundo de investimento que busca retornos elevados usando várias estratégias de investimento, como juros, moedas, ações, commodities e outros, frequentemente incluindo derivativos. Estrutura similar aos fundos multimercado no Brasil. 

Legal Claims: venda de crédito contido em processos judiciais.

Co-investment: investimento minoritário feito diretamente em uma empresa operacional, juntamente com um patrocinador financeiro ou outro investidor de capital privado.

Index: índices de mercado. Uma medida estatística do desempenho de um grupo de ações ou ativos financeiros. Esses índices podem ser relacionados a qualquer classe de ativos, sendo os mais comuns de renda fixa e renda variável.  

ETF (Exchange Trade Fund): fundo de índice, negociado em bolsa.

UCITS (Undertakings for Collective Investment in Transferable Securities): organismos de investimento coletivo em valores mobiliários. Grosso modo, são os ETFs europeus.

Mutual Fund: fundo de investimento. Em sua maioria, investem em ativos mais líquidos. 

Serviços

Investment Banking (IB): oferece uma variedade de serviços financeiros para empresas e governos, incluindo emissão de títulos, captação de recursos, consultoria financeira estratégica e M&A. Normalmente são acionados para operações de grande porte.

Mergers and Acquisitions (M&A): processo de fusão ou aquisição de empresas.

Asset Management: gestão de ativos. Envolve a administração de portfólios de investimentos em nome de investidores individuais, institucionais e corporativos. Isso pode incluir gestão de ações, títulos, imóveis e outros ativos.

Wealth Planning: planejamento financeiro. Oferece orientação e estratégias personalizadas para indivíduos e famílias gerenciarem suas finanças pessoais, economizarem para metas de longo prazo e planejarem a sucessão patrimonial. Frequentemente envolvem questões jurídicas.

Private Banking: fornece serviços financeiros personalizados e de alto nível para indivíduos de alto patrimônio líquido, incluindo gestão de investimentos, planejamento financeiro, crédito e serviços bancários.

  • Banker: pessoa encarregada de atender clientes em uma instituição bancária.
  • Broker Dealer: uma empresa que facilita a compra e venda de ativos financeiros em nome dos investidores.
  • Brokerage: comissão do banker ou time detentor do relacionamento da conta.

Banking: serviços bancários corriqueiros, como soluções para cartões de crédito e débito, transferências, pagamentos, entre outros.

Termos gerais

Stock Exchange: bolsa de valores. As maiores do mundo são NYSE (Bolsa de Valores de Nova York), NASDAQ, Shanghai Stock Exchange, EuroNext e Japan Exchange Group.

Initial Public Offering (IPO): é o processo pelo qual uma empresa se torna de capital aberto.

Derivatives: instrumentos financeiros cujo valor é derivado de outro ativo subjacente, como futuros, opções e swaps.

Forex ou FX: o mercado onde as moedas estrangeiras são compradas e vendidas. 

SOFR (Secured Overnight Funding Rate): taxa de juros overnight americana, recente substituta da LIBOR (London InterBank Offered Rate). Se equivale ao CDI no Brasil.

FED (Federal Reserve): banco central dos EUA. 

FOMC (Federal Open Market Committee): Comitê Federal, equivalente ao COPOM. Nele é decidida a variação da taxa de juros e outros assuntos importantes para a economia americana.

Interest Rate: taxa de juros.

Suitability: análise do perfil do investidor.

KYC (Know Your Client): processo frequentemente usado na abertura de contas em instituições financeiras. Serve como diligência para comprovar a origem dos recursos.

POA (Power of Attorney): Mandato. É um documento legal assinado por duas partes, no qual uma delas concede o direito de atuar em nome da outra perante instituições financeiras. Normalmente restringindo apenas para investimentos.

Termos relacionados a investimentos

Bullish: perspectiva otimista em relação a um ativo ou ao mercado em geral. Um investidor ou trader é considerado “bullish” quando acredita que os preços irão subir. Bull de touro.

Bearish: uma perspectiva pessimista em relação a um ativo ou ao mercado em geral. Um investidor ou trader é considerado “bearish” quando acredita que os preços irão cair. Bear de urso.

Dovish: uma política ou postura monetária que favorece taxas de juros mais baixas, flexibilidade e estímulo econômico. Por exemplo, um comunicado “dovish” de um banco central pode indicar a possibilidade de cortes nas taxas de juros.

Hawkish: política ou postura monetária que favorece taxas de juros mais altas e um controle mais rígido da inflação. Um comunicado “hawkish” de um banco central pode indicar a possibilidade de aumentos nas taxas de juros.

Long: uma posição em que um investidor possui um ativo na expectativa de que seu preço aumentará, permitindo que ele venda a um preço mais alto no futuro.

Short: uma posição em que um investidor vende um ativo que não possui, com a expectativa de que seu preço diminuirá. Eles planejam comprar o ativo a um preço mais baixo para obter lucro.

Over/Under Weight: quando gestor está com um viés maior ou menor, respectivamente, para uma determinada estratégia.

Resistance: um nível de preço em que um ativo historicamente teve dificuldade em romper para cima. Pode indicar uma possível reversão de tendência.

Support: nível de preço em que um ativo historicamente teve dificuldade em cair abaixo. Pode indicar um nível em que a demanda pelo ativo é mais forte.

Trend: a direção geral em que os preços de um ativo estão se movendo ao longo do tempo. Pode ser de alta (ascendente), de baixa (descendente) ou lateral (sem direção clara).

Moving Average: um indicador técnico que suaviza os preços ao longo de um período, ajudando a identificar tendências. Média móvel.

Candlestick: gráfico que mostra os preços de abertura, fechamento, alta e baixa de um ativo em um determinado período. Os padrões de candlestick podem ser usados para analisar a ação dos preços.

Gap: diferença no preço entre o final de um período de negociação e o início do próximo período, geralmente devido a eventos significativos durante a noite.

Leverage: alavancagem. O uso de fundos emprestados para aumentar o potencial de retorno de um investimento. No entanto, também aumenta o risco. Usa-se muito nos EUA a carteira de ativos como colateral para pegar empréstimos, também caracterizado como uma alavancagem. 

Spread: a diferença entre os preços de compra (ask) e venda (bid) de um ativo. Quanto menor o spread, mais líquido é o mercado.

Benchmark: padrão de referência do mercado utilizado para avaliar o desempenho de uma estratégia. 

Coupon: pagamento por um investimento de um valor pré-acordado, pode ser uma porcentagem com taxa pré (mais comum) ou pós-fixada. O montante pode ser pago na conta corrente do investidor ou dentro de um veículo que faz o reinvestimento.

Yield: taxa de retorno recebida ao investir em um bond, determinada pela variação do seu preço e dos cupons recebidos durante a vida do investimento. Existem vários tipos usados por investidores de renda fixa. Os quatro mais comuns são:

  • Yield to Maturity: é a taxa de juros que iguala o valor presente dos fluxos de caixa futuros de um bond ao seu preço atual, basicamente é o retorno que o investidor obtém ao manter o título até o vencimento;
  • Yield to Call: mais comum entre emissores com ratings abaixo de grau de investimento. Certos bonds permitem que o emissor pague o principal antes do vencimento. Mede o retorno até a data específica de call;
  • Yield to Worst: menor yield entre as diferentes datas de call. Mede o menor retorno possível no investimento no bond (assumindo que o emissor não entre em default);
  • Current Yield: cupom dividido pelo preço. Uma forma simples de medir o carrego do bond.

Default: termo para o popular calote. Inadimplência e não cumprimento de condições legais.

Duration: duração de um ativo financeiro que consiste em fluxos de caixa fixos, como um título. É a média ponderada dos tempos até que esses fluxos de caixa fixos sejam recebidos. Em palavras mais simples, é o tempo que o investidor recebe o valor que aportou de volta contando com o recebimento de juros. Duration também é constantemente associado a taxa de juros, no qual, mantendo outras variáveis constantes, é o que um ativo tende a variar com aumento e diminuição relativa a 1% na taxa de juros.

Trigger: eventos específicos que desencadeiam ações ou mudanças nas condições de um investimento.

Este conteúdo é regularmente atualizado com novos termos do mercado. Se desejar conversar sobre algum deles ou sugerir a inclusão de outros, estamos à sua disposição.

Fernando Godoy cursou Administração de Empresas na FGV com foco em Gestão Estratégica, atuou por 2 anos em empresa de capital aberto e possui 7 anos de experiência no mercado financeiro, com ênfase em investimentos internacionais. Está no time da Portofino MFO há 5 anos, 3 deles como sócio.

O downgrade na nota de crédito dos EUA

O downgrade na nota de crédito dos EUA

(Tempo de leitura: 6 minutos)

A agência de classificação de risco, Fitch Ratings, nas últimas semanas, tomou as manchetes de diversos portais com atualizações das notas de crédito soberano dos Estados Unidos e Brasil.

A decisão mais recente, e que pegou todo mundo de surpresa, foi o rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos, de AAA para AA+, com perspectiva estável. Em nota, a agência disse que a decisão reflete a deterioração fiscal esperada para os próximos três anos, assim como a crescente dívida do governo geral.

“Na visão da Fitch, houve uma deterioração constante nos padrões de governança ao longo dos últimos 20 anos, incluindo questões fiscais e de dívida, não obstante o acordo bipartidário de junho para suspender o limite da dívida até janeiro de 2025”, apontou o comunicado.

Explicando, a nota anterior era a mais alta, que significava risco quase zero de um calote americano. Agora, o nível de confiança continua alto, porém um degrau abaixo.

Os impasses e deterioração constante nos padrões de governança ao longo dos últimos 20 anos, incluindo questões fiscais e de dívida, são motivos que levaram a essa decisão. Há dois meses os EUA passaram novamente por essa situação, que vem acontecendo recorrentemente desde 1960, com Washington negociando novas leis que permitam aumentar o teto. Por mais que a maioria dos agentes de mercado acreditassem que o governo chegaria a um acordo, a apreensão causou estresse.

A decisão foi criticada por muitos especialistas nos Estados Unidos, inclusive pela secretária do Tesouro, Janet Yellen, que, em comunicado, afirmou: o rebaixamento de rating “não mudou o que os americanos, investidores e pessoas de todo o mundo já sabem: que os títulos do Tesouro continuam sendo o ativo líquido e seguro preeminente do mundo”.

Apesar da repercussão, essa não é a primeira vez que uma agência rebaixa a nota dos EUA. Em 2011, a S&P Global Ratings fez o mesmo movimento. À época, no longo prazo, o movimento foi de pouco impacto no mercado, pois, mesmo com esse downgrade, a possibilidade dos Estados Unidos darem calote seguia baixíssima e os títulos públicos americanos continuaram com a reputação de serem os mais seguros do mundo.

O Brasil evolui

Por outro lado, enquanto os Estados Unidos caiu um degrau, o Brasil subiu. Em julho, a agência elevou a nota de crédito soberano do país de BB- para BB, com perspectiva estável. E a Fitch não foi a única a enxergar melhorias no Brasil. Em junho, a S&P Global Ratings elevou a perspectiva de crédito para “positiva”, apesar de não ter alterado a nota.

No relatório da Fitch, a agência disse que a decisão foi pautada após observar um desempenho melhor do que o esperado em termos macroeconômicos e fiscais. Além disso, a despeito das tensões políticas desde 2018, ano em que o país teve um downgrade no rating, segundo o comunicado, o Brasil alcançou progresso em importantes reformas para enfrentar os desafios econômicos e fiscais.

Dentre outras coisas, a agência destacou que, apesar do governo Lula defender um afastamento da agenda econômica liberal de governos anteriores, ela espera que o pragmatismo e os freios e contrapesos institucionais mais amplos evitem desvios radicais de macro ou micropolítica, enquanto o governo também está buscando iniciativas para apoiar o setor privado, como o esforço para a aprovação da reforma tributária. 

A tensão entre o chefe do Executivo e Roberto Campos Neto, presidente do BC, e as expectativas de inflação melhores, também foram questões que influenciaram na atualização do rating.

Quais os países que possuem as melhores notas? 

Paises nota credito - Portofino

O que essas mudanças significam?

As três principais agências de classificação de risco (Fitch Ratings, Moody’s e S&P) têm sistemas de notas similares. Quanto mais alta a nota, maior é a capacidade do país em honrar seus compromissos financeiros. Do outro lado, quanto menor a nota, menor é essa capacidade e maior a chance de dar calote.

No caso do Brasil, com o upgrade ele se aproxima do corte dos países que possuem o chamado “grau de investimento”, que no caso da Fitch é “BBB”. Chegar a esse grupo é importante para a atratividade do país para os investidores e para se colocar como alternativa a diversos veículos de investimentos internacionais.

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Guia do Dia dos Pais de 2023

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História, restaurantes, shows, viagem pelo sudeste da Ásia: guia do Dia dos Pais de 2023

História, restaurantes, shows, viagem pelo sudeste da Ásia: guia do Dia dos Pais de 2023

(Tempo de leitura: 7 minutos)

O Dia dos Pais é uma das datas mais prestigiadas no mundo todo, aquele dia dedicado a ter um momento especial com seu pai, seja ele de sangue ou aquela pessoa vista como referência e exemplo em nossas vidas. Mas você sabia que a data começou a ser comemorada nos Estados Unidos como forma de homenagear um veterano de guerra e que no Brasil foi um diretor do jornal O Globo e da rádio que teve a ideia de comemorar a data?

O primeiro Dia dos Pais da história

A comemoração do Dia dos Pais tem origens que remontam a diferentes culturas e tradições ao longo da história, mas a celebração moderna, como a conhecemos hoje, tem suas raízes nos Estados Unidos. Acredita-se que a ideia de um dia dedicado aos pais tenha surgido a partir de uma iniciativa da filha de um veterano da Guerra Civil Americana chamada Sonora Smart Dodd.

Em 1909, Sonora propôs a criação de um dia especial para homenagear os pais. Ela desejava honrar seu pai, William Jackson Smart, um veterano da Guerra Civil americana que criou os filhos sozinho após a morte da esposa. Em 19 de junho de 1910, aniversário de seu pai, a filha enviou à Associação Ministerial de Spokane, em Washington, uma solicitação para tornar a data oficial. 

Em 1972, o presidente Richard Nixon oficializou o Dia dos Pais como feriado nacional nos Estados Unidos, tornando-o uma data oficial de celebração em todo o país no terceiro domingo de junho de todo ano.

E no Brasil, como surgiu ?

Por aqui, a data foi impulsionada pelo publicitário Sylvio Bhering. Em 1953, precisamente no dia 16 de agosto, Bhering, diretor do jornal O Globo, teve a iniciativa de criar uma campanha para homenagear os pais brasileiros. A campanha ganhou força, e o Dia dos Pais passou a ser oficialmente comemorado no Brasil. Assim como em outros países, a data do Dia dos Pais no Brasil é móvel, sendo celebrada no segundo domingo de agosto.

Ao longo dos anos, a comemoração no Brasil se consolidou, seguindo o exemplo dos Estados Unidos, com troca de presentes, homenagens e gestos de carinho em direção aos pais e figuras paternas. 

Neste sentido, o Dia dos Pais também tem uma importância comercial muito grande. Nas datas comemorativas, é comum encontrar restaurantes e lojas cheios, promoções de presente e outras iniciativas para o “presente perfeito” para os homenageados.

Já é hora de planejar

O Dia dos Pais está chegando e você já pode começar a planejar o que fazer nesta data especial. Por isso, separamos aqui, com base nas cidades em que temos escritório no Brasil, uma lista de eventos que podem te ajudar no planejamento do dia.

Apaixonados por futebol

Exposições e shows

  • Elementar: Fazer Junto – Museu da Arte Moderna de São Paulo

https://mam.org.br/exposicao/elementar-fazer-junto

  • Rainha das Copas – Museu do Futebol

https://museudofutebol.org.br/exposicoes/rainhas-de-copas/

  • Essa Nossa Canção – Museu da Língua Portuguesa

https://bileto.sympla.com.br/event/68203/d/206376

  • Doshin: os encantos dos brinquedos japoneses – Japan House

https://www.japanhousesp.com.br/

  • Arte Cibernética – Fundação Clóvis Salgado (FCS) – Palácio das Artes

https://fcs.mg.gov.br/eventos/arte-cibernetica-obras-da-colecao-itau-cultural/

  • Roberto Carlos em Recife

https://www.eventim.com.br/artist/roberto-carlos/roberto-carlos-recife-2835119/?affiliate=BR1

Teatro

  • IRON: O Homem da Máscara de Ferro – Teatro Santander

https://www.teatrosantander.com.br/programacao/iron-o-homem-da-mascara-de-ferro.html

  • Musical O Rei Leão – Teatro Renault

https://oreileao.sales.ticketsforfun.com.br/#/event/mcXTJpXoZh8bbnvjtRmi

Para comer bem

  • Barolo Trattoria

https://www.barolotrattoria.com.br/

  • O Italiano – Restaurante

https://oitalianorestaurante.com.br/

  • Galeto Di Paolo

https://dipaolo.com.br/

De -> Para

O Dia dos Pais também é marcado pelos presentes. E essa muitas vezes é uma tarefa muito difícil, saber o que a outra pessoa quer ou gostaria. Pensando nisso, separamos aqui alguns presentes menos tradicionais do que outros.

Hotel de luxo em Roma

O Hotel de Russie, apelidado pelo poeta francês Jean Cocteau em 1917 como “paraíso na terra”, foi eleito o melhor de Roma pelo Travel + Leisure World’s Best Awards 2023.

Localizado na Via del Babuino, perto da famosa Piazza del Popolo, é famoso por receber artistas, políticos, escritores, entre outros. Pensando em aproveitar o verão europeu, as diárias neste hotel 5 estrelas começam em € 15,4 mil.

Divulgação/Hotel de Russie
Divulgação/Hotel de Russie
Divulgação/Hotel de Russie
Divulgação/Hotel de Russie

Passeio no Sudeste Asiático

Uma viagem de trem que dura três noites pode ser uma oportunidade para conhecer o sudeste asiático, com diferentes rotas, por R$ 16 mil. Em 2024, The Eastern & Oriental Express – A Belmond Train lançará duas viagens sazonais de ida e volta de Cingapura, passando pela Malásia e com paradas em destinos populares, como Penang, Langkawi e o Parque Nacional Taman Negara.

Serão oferecidas duas experiências para os clientes. A primeira é a “Essence of Malaysia: A Gateway into Malay Culture”, que explora o oeste da Malásia indo de Cingapura através de Kuala Lumpur até a ilha de Langkawi e depois Penang.  A outra é a “Wild Malaysia: Exploring Sights Unseen”, que, por sua vez, viaja pela costa leste do país.

Divulgação/Belmond
Divulgação/Belmond
Divulgação/Belmond

Sem ir muito longe

Na última semana, a Travel and Leisure divulgou uma pesquisa com as 10 cidades favoritas dos turistas na América Central e do Sul em 2023. 

  1. Cusco, Peru
  2. Cartagena, Colômbia
  3. São Paulo, Brasil
  4. Quito, Equador
  5. Buenos Aires, Argentina
  6. Mendoza, Argentina
  7. Antigua Guatemala, Guatemala
  8. Rio de Janeiro, Brasil
  9. Lima, Peru
  10. Bogotá, Colômbia

A Família Portofino deseja para você e toda a sua família um feliz Dia dos Pais, com muito amor e união.

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Esfera BR | Inflação e taxa de juros altas desafiam o sistema financeiro global

Esfera BR | Inflação e taxa de juros altas desafiam o sistema financeiro global

(Tempo de leitura: 7 minutos)

Bancos centrais implementam ferramentas distintas para cumprir seus mandatos de inflação e estabilidade financeira.

Por Mariam Dayoub, CFA charterholder e mestre em Administração Pública pela Universidade Columbia

Após um período prolongado de taxa de juros baixas mundo afora, ainda que com algum atraso por terem inicialmente caracterizado o surto inflacionário corrente como “transitório”, os bancos centrais reagiram às taxas de inflação mais altas das últimas quatro décadas com uma elevação forte e rápida dos juros. 

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), banco central americano, subiu a taxa de juros em quase cinco pontos percentuais desde março de 2022, na campanha de aperto monetário mais intensa desde a década de 1980. Porém, a inflação, dados os impactos variáveis e cumulativos da política monetária, permanece elevada e distante da meta de 2%. 

Sempre que o Fed embarcou em um ciclo de aperto monetário, houve episódios de estresse ou crises no mercado financeiro subsequentemente. Geralmente, o maior impacto ocorre em entidades alavancadas. Alguns exemplos são: a crise de dívida externa da América Latina (1982), o estouro da bolha da internet (2000) e a crise do subprime (2007). 

Desta vez, após fortes quedas nos preços das ações de crescimento e altas nas taxas de juros de mercado em 2022, tremores foram sentidos no sistema bancário americano. Em março de 2023, ocorreram a segunda, a terceira e a quarta maiores falências bancárias da história dos EUA, concomitantes ao colapso de um grande banco suíço. 

Os problemas nesses bancos regionais americanos não ocorreram por perdas nas concessões de crédito, mas por má gestão de risco e fragilidades em seus modelos de negócio. Ademais, hoje, a tecnologia permite que correntistas saquem seus depósitos de instituições financeiras com um toque nos aplicativos, o que aumenta exponencialmente a velocidade de corridas bancárias. Nos casos desses bancos, isso foi potencializado por publicações em redes sociais. Ficou claro que a revolução tecnológica e digital transformou o mercado bancário global.

O pilar que sustenta o setor bancário é a confiança. Quando abalada, seus impactos são sentidos por toda a economia. Dadas as cicatrizes deixadas pela crise financeira global de 2008 a 2009, os reguladores do sistema financeiro, que falharam na supervisão dos bancos que quebraram em 2023, agiram rapidamente para impedir que esses eventos se tornassem sistêmicos. Nos EUA, além da janela de redesconto, o Fed criou um programa para prover liquidez aos bancos, aceitando títulos públicos no valor de face como colateral. Com essas medidas, os saques de depósitos por correntistas do sistema bancário e o uso desses programas disponibilizados pelo Fed se estabilizaram. 

O episódio de 2023 evidenciou a separação de instrumentos utilizados pelos bancos centrais para o cumprimento de seus objetivos de controle de inflação, via taxa de juros, e de estabilidade financeira, via implementação de medidas macroprudenciais. Essa separação é válida enquanto crises financeiras ou bancárias não se transmitem para a economia de forma mais intensa.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) seguiu os pares globais. Em sua comunicação recente, o Copom avaliou que “a melhor contribuição da política monetária segue sendo no combate a pressões inflacionárias e na suavização de flutuações econômicas” e ressaltou a separação de instrumentos entre os dois objetivos.

Historicamente, estresses no sistema financeiro levaram a apertos de crédito nas economias. Neste episódio contemporâneo, todavia, o pano de fundo é relativamente saudável. No agregado, tanto as famílias quanto as empresas estão com balanços mais robustos, o que limita o impacto do choque. Contudo, ele será transmitido nos trimestres à frente, com a restrição de crédito impactando a atividade, equivalente a um aperto adicional da política monetária.

Membros do Fed têm indicado que, isso posto, o banco central encerrará seu ciclo de aperto monetário com uma taxa de juros aquém do esperado antes do choque bancário, porém com manutenção de taxas de juros elevadas por um período prolongado. Esse modus operandi segue o Copom, que antecipou o ciclo de aperto monetário comparado aos pares e mantém uma postura paciente neste segundo estágio do processo de desinflação, que requer moderação da atividade para atuação dos canais de transmissão da política monetária.

Tanto lá quanto cá, para antecipar o ciclo de afrouxamento da política monetária, o impacto dos choques transmitidos pelo sistema bancário terá de ser mais profundo do que o esperado pelas autoridades monetárias, levando a uma desinflação mais intensa, simultânea ao aumento da taxa de desemprego. 

Diante dos múltiplos desafios, os bancos centrais indicam que seguirão atuando com paciência e serenidade para garantir que, nos próximos anos, a inflação retorne para níveis próximos às metas, em um ambiente com expectativas ancoradas e com reformas em prol da estabilidade financeira.

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PEC 45 e os impactos sobre o patrimônio das pessoas físicas

PEC 45 e os impactos sobre o patrimônio das pessoas físicas

(Tempo de leitura: 6 mins)

Na madrugada da sexta-feira (7), a Câmara dos Deputados aprovou o texto-base da 1ª Etapa da Reforma Tributária, a qual busca melhorar e simplificar o sistema tributário brasileiro, com enfoque na tributação sobre o consumo.

De forma resumida, o texto mais recente da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 45/19 unifica o ICMS, ISS, IPI, PIS, Cofins e cria o IVA (Imposto Sobre Valor Agregado), que será dividido em dois tributos: um federal (a Contribuição sobre Bens e Serviços – CBS) e outro dos estados e municípios (o Imposto sobre Bens e Serviços – IBS).

Além dos impostos sobre o consumo, o texto que agora segue para votação do Senado, também inclui outros temas, sobre tributação do patrimônio, que impactam diretamente as pessoas físicas:

  • ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação)

Deverá ser progressivo, em razão do valor da doação ou herança. Segundo o relator do projeto, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), o objetivo é “tributar as heranças e doações de alto valor de modo mais justo”.

Alguns estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro já possuem alíquotas estaduais progressivas. Outros estados como São Paulo e Minas Gerais, que possuem alíquota fixa, precisarão ajustar as leis estaduais, se a reforma for aprovada no Senado Federal.

A alíquota máxima atual de 8% permanece a mesma e não é objeto de alteração na PEC nº 45/19. Em outras propostas paralelas, existe a possibilidade de o “teto” de 8% ser majorado.

  • ITCMD – Heranças no exterior e doações feitas por não-residentes

Enquanto não houver lei complementar específica regulamentando esse assunto, o texto da reforma prevê que os Estados poderão exigir ITCMD no estado de domicílio do herdeiro ou donatário. Na prática, essas duas hipóteses que hoje não são tributadas por ausência de previsão legal, passarão a ficar sujeitas ao recolhimento de ITCMD.

Vale lembrar que a entrada em vigor de qualquer alteração nas regras de imposto sobre doações e herança, que resulte em aumento da carga tributária, deve observar 02 condições: as novas regras só podem ser aplicadas no ano seguinte à mudança de lei e após 90 dias da data de sua publicação.

  • Isenção de ITCMD nas doações para instituições sem fins lucrativos

O ITCMD não incidirá sobre as doações destinadas a entidades e organizações que atenderem determinados requisitos e condições, que serão estabelecidos em lei complementar posteriormente.

  • IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) para aeronaves e embarcações

O texto da PEC nº 45/2019 prevê que o IPVA passará a incidir sobre a propriedade de aeronaves e embarcações particulares.

  • IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)

A proposta aprovada pela Câmara prevê a possibilidade de atualização da base de cálculo do imposto pelo Município. Atualmente, não existe nenhuma permissão expressa nesse sentido.

A PEC nº 45/2019 estabelece que, após sua aprovação no Senado e promulgação, o Poder Executivo, em até 180 dias, deverá encaminhar ao Congresso Nacional projeto de lei com propostas de alteração na tributação da renda.

A expectativa do mercado, com base em sinalizações do governo ao longo do primeiro semestre, é que as propostas de alterações no imposto de renda sejam endereçadas no segundo semestre, incluindo pautas como tributação de dividendos, fundos fechados e de investimentos e estruturas no exterior.

Estamos atentos e acompanhando esse assunto de perto. As mudanças na tributação do consumo são bastante relevantes e vão demandar uma reorganização geral das empresas. A boa notícia é que a PEC prevê um período de transição, o que permite que os contribuintes se reorganizem com antecedência em relação ao IVA.

Sobre as alterações na tributação do patrimônio e futuramente para as propostas que serão apresentadas sobre o imposto de renda, que impactam diretamente as pessoas físicas, a atenção será redobrada. Nesses casos, as novas regras podem valer já no início do ano seguinte à aprovação, sendo que para alguns impostos temos também o prazo de 90 dias. Em qualquer cenário, o tempo de reorganização e aproveitamento das regras antigas será mais curto, o que demandará mais agilidade dos contribuintes e advogados. Como family office, nós estamos preparados para auxiliar as famílias no que for necessário para garantir a readequação ágil dos planejamentos.

Victória Siqueira é Head de Wealth Planning na Portofino MFO, formada em Direito pela FGV, com extensão em General Business with Concentration in International Trade and Commerce pela UCLA.

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