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Nesta semana, recebemos, em nosso escritório sede em São Paulo, Ricardo Denadai, CEO e Economista-Chefe da Ace Capital, gestora de fundos de investimentos com R$ 5,5 bi sob gestão, para um café da manhã com nossos clientes e colaboradores.

No bate-papo, além de apresentar a metodologia e modelo de operação da gestora, o executivo traçou um panorama político e econômico com os desafios do mercado para 2023. Confira:

  • A Ace Capital é organizada por setores, num “modelo de caixinhas”, como definiu Ricardo. Em cada uma, especialistas dedicados a diferentes setores do mercado estão o tempo todo, de forma dinâmica, avaliando indicadores e tendências para se certificarem de que estão no norte correto em seu processo de investimentos. “Temos um norte e nos organizamos, avaliando dia e noite se estamos certos ou errados, para fazer qualquer tipo de alteração em nosso processo de investimentos”, explicou.

Contexto Global: 

  • O mercado internacional tem dado um alívio para os emergentes.
  • O mercado se animou por três motivos diferentes: Europa conseguiu se reorganizar e lidar bem com a questão do gás durante o inverno; antecipação do fim da política de Covid zero na China que estava restringindo a mobilidade no país; e inflação nos EUA que, apesar de melhores, ainda é o principal ponto de preocupação no ponto de vista do mercado.
  • Neste cenário, com notícias mais construtivas, o mercado voltou para o sonho de que seria possível pousar um A380 em um porta-aviões. Ou seja, começaram a acreditar que seria possível desacelerar a economia americana sem gerar recessão e resolver o problema da inflação.
  • Na visão da gestora, essa combinação é possível, mas pela dificuldade de acontecer, improvável.
  • O cenário global continua bastante desafiador, mas não é catastrófico. Existem vários desafios na mesa.

Brasil

  • Em relação ao Brasil, vínhamos caminhando em uma direção de nos diferenciarmos do restante do mundo, principalmente no que diz respeito à política monetária.
  • Vemos um sentido de intensificação da desaceleração econômica por conta do aperto das condições financeiras somada a outras incertezas.
  • Com o mínimo de organização, compromisso com a nova regra fiscal e a vontade dos investidores estrangeiros de dar o benefício da dúvida ao governo, seguramente agora estaríamos discutindo o início do corte de juros.
  • Denadai também abordou, sem entrar em muitos detalhes, sobre a discussão dos juros estarem muito altos e afirmou que “taxa de juros não é causa, mas, sim, consequência”.
  • Por fim, nosso CIO, Eduardo Castro, disse que o BC se encontra em uma situação incômoda, pois as próximas decisões serão questionadas pelo governo ou pelo mercado.
Eduardo Castro (esq.) e Ricardo Denadai (dir.)