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Afinal, qual o significado desse conceito tão disseminado e replicado nos principais atuantes do mercado financeiro? Como aplicá-lo de forma eficiente? Preciso mudar constantemente? Se sim, qual periodicidade? Quais são os riscos? É replicável, posso copiar? Essas são algumas perguntas que iremos responder nesse artigo. Espero que gostem da leitura.

O Asset Allocation de uma carteira de investimentos nada mais é do que a distribuição de seus recursos financeiros em diferentes classes de ativos, sendo as principais: renda fixa, renda variável, alternativos e caixa. Quanto maior a complexidade e a diversificação que deseja atingir, mais abrangente pode ser a sua alocação. Desse modo, uma carteira pode ter investimentos em subclasses como treasury, corporate bonds investment grade, high yield, emerging markets, preferreds para renda fixa, large, mid e small caps, technology, european, latam, asian equities para variável e real estate, private equity, venture capital, commodities e até criptomoedas para alternativos (glossário Portofino). É claro que esse universo é imenso, todo tipo de investimento realizado vai ter uma nomenclatura por trás, é normal. A imagem abaixo retirada do Novel Investor mostra o retorno histórico das principais classes em um horizonte de 15 anos.

A grande questão aqui é: nenhuma gestora, por maior e mais consagrada que seja, irá acertar com consistência a classe vencedora todos os anos. O que devemos fazer é saber selecionar os “cavalos” e as “corridas” que iremos correr. Aí que entra o Asset Allocation.

Dentro das classes de ativos mencionadas acima, existem produtos disponíveis que tentam seguir ou ganhar dos índices de mercado (com certeza um tema para outro artigo), mas, pelo fato de terem um benchmark, também estão limitados aos seus riscos. Para dar um exemplo mais concreto, um gestor de ações listadas se propõe a bater o índice S&P 500, para isso, ele irá analisar e definir ações que irão superar a performance do índice, limitado aos ganhos e perdas das mesmas.

No final, os alocadores devem estipular porcentagens máximas e mínimas que podem ter em cada classe de ativo a fim de cumprir os objetivos de longo prazo para seus clientes, levando em consideração os seis pilares a seguir:

  • Diversificação: a descorrelação dos produtos da carteira é algo essencial para um retorno consistente de longo prazo, tanto nas classes e subclasses de ativo como geograficamente. Ao diversificar, você pode minimizar o impacto negativo de um mau desempenho em uma classe ou país específico.
  • Rebalanceamento: nada adianta diversificar se você não mantiver uma constância de rebalanceamento. Ele consiste no ajuste periódico da alocação de ativos para manter a proporção desejada, dado que se valorizam ou desvalorizam. Normalmente, a atividade é realizada semestralmente, mas com revisões esporádicas de acordo com acontecimentos impactantes. Esse rebalanceamento ajuda a manutenção dos objetivos de longo prazo.
  • Perfil de Risco: avaliação do nível de tolerância ao risco. Ele ajuda a determinar a proporção de diferentes ativos em sua carteira com base no conforto com a volatilidade e a necessidade de retorno. Preencher o suitability (perfil do cliente) e traçar claramente seus objetivos são pontos fundamentais para o equilíbrio do portfólio.
  • Horizonte de Tempo: o período que pretende manter os investimentos. Em alguns casos, o simples fato de não precisar de liquidez no curto prazo, acaba te remunerando melhor para riscos muito similares. Em outros casos, você pode pagar caro se precisar sair antes do período final de um investimento.
  • Produtos: determinar em que time você quer estar. Essa parte leva em consideração os custos da instituição, número de ofertas, se tem acesso personalizado ou exclusivo, volume, eficiência operacional e outros.
  • Ciclos Econômicos: a alocação de ativos também pode ser influenciada pelos diferentes estágios dos ciclos econômicos, como expansão, recessão, recuperação e desaceleração. Importante que a alocação acordada tenha um “range” percentual para cada subclasse, o que dá autonomia para aumentar ou diminuir o risco de acordo com o ciclo econômico, mas respeitando o perfil do cliente.

Um estudo do CFA Institute que mede o retorno histórico de fundos de pensão e suas atribuições de performance sugere que mais de 91,5% do retorno de uma carteira é atribuível ao seu mix de classes de ativos. Neste estudo, a seleção individual de ações e o market timing representaram menos de 7% do retorno de uma carteira diversificada.

Esse conceito move os motores da gestão da Portofino. A maneira com que compomos e readequamos o asset allocation é única, exclusiva e irreplicável. Acreditamos que dessa maneira temos recursos de sobra para fazer um investimento equilibrado e condizente com o perfil dos nossos clientes. Qualquer dúvida sobre o assunto, fique à vontade para acionar os nossos especialistas de investimento.

Fernando Godoy cursou Administração de Empresas na FGV com foco em Gestão Estratégica, atuou por 2 anos em empresa de capital aberto e possui 7 anos de experiência no mercado financeiro, com ênfase em investimentos internacionais. Está no time da Portofino MFO há 5 anos, 3 deles como sócio.

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